Autismo subdividido: estudo define quatro subtipos biológicos
Uma grande pesquisa da Princeton University em parceria com a Simons Foundation examinou mais de 5.000 crianças no estudo SPARK, avaliando centenas de traços — não apenas genéticos, mas de comportamento, repetição, desenvolvimento motor etc. Princeton University Eles identificaram quatro subtipos clinicamente distintos de autismo, com perfis biológicos diferentes, o que pode permitir diagnósticos mais precisos e tratamentos individualizados no futuro. Princeton University Esse tipo de abordagem “pessoa-centrada”, considerando múltiplos traços, ajuda a enxergar que o autismo não é uma condição uniforme, mas varia bastante entre indivíduos.
Programa com cavalos estimula comunicação e confiança em crianças com autismo na Namíbia
Em Windhoek, Namíbia, há um programa terapêutico chamado “Enabling Through the Horse”, que envolve crianças com autismo, TDAH, Síndrome de Down entre outras condições de aprendizagem. Elas interagem com cavalos — montam, escovam, acariciam — numa estrutura de quintal/hípica, com enfoque em empatia, vínculo, confiança e autoestima. Professores relatam que crianças não verbais ou com menos iniciativa social demonstram mais disposição para se comunicar ou interagir em contextos sociais depois dessas sessões.
CBD como adjuvante em terapias comportamentais do autismo
Uma análise recente da Universidade de São Paulo investigou o uso de canabidiol (CBD) como complemento em terapias profundas para pessoas com TEA entre 5 e 21 anos. Os resultados mostram melhora em comportamento social, redução de ansiedade, de comportamentos disruptivos e melhor qualidade de sono, sem efeitos adversos significativos. Embora os estudos sejam limitados em número e tamanho, o uso de CBD aparece promissor como terapia adjuvante às intervenções já estabelecidas, especialmente quando há dificuldades com terapias comportamentais isoladas.
Medicamento L1-79 mostra efeito positivo em habilidades sociais para jovens com TEA
A empresa Yamo Pharma divulgou que o composto L1-79 teve resultados promissores em estudo com adolescentes e jovens adultos com Transtorno do Espectro Autista. O foco foi em melhorar as interações sociais — comunicação, empatia, resposta social — sem efeitos colaterais graves relatados. Esse tipo de tratamento médico não busca “curar” o autismo, mas aliviar sintomas que podem gerar barreiras no dia a dia. A abordagem é interessante porque abre caminho para terapias adicionais combinadas (medicamentos + suporte comportamental), permitindo que pessoas com TEA tenham uma melhor qualidade de vida, com mais facilidade para participar socialmente.
Terapia mediada por pais melhora comunicação social no Brasil
Uma pesquisa da USP (Universidade de São Paulo), publicada há cerca de 3 meses, avaliou a eficácia da PACT (Pediatric Autism Communication Therapy - Terapia de Comunicação para o Autismo Pediátrico), uma abordagem em que os responsáveis conduzem sessões de interação com crianças autistas. O estudo mostrou avanços significativos na comunicação social das crianças e também no bem-estar das famílias
Plataforma NeuronUP traz exercícios cognitivos para TEA no Rio
A NeuronUP apresentou, em maio de 2025, sua plataforma digital com centenas de exercícios direcionados a crianças e adultos com TEA. Essa tecnologia, lançada no evento Rio TEAma, estimula memória, atenção e funções executivas, com relatórios em tempo real que ajudam psicólogos e terapeutas a personalizar intervenções
Revisão sistemática confirma eficácia da ABA no Brasil
Uma revisão de 59 estudos sobre ABA (Análise do Comportamento Aplicada), publicada cerca de 4 meses atrás, avaliou intervenções com ABA no Brasil. Identificou que 14 estudos seguem os padrões mais rigorosos – mostrando que a ABA continua sendo uma das intervenções mais comprovadas para reduzir comportamentos repetitivos e melhorar habilidades em pessoas com TEA .
Rede indiana usa IA para terapia personalizada do autismo
A Pinnacle Blooms Network, com sede na Índia, lançou uma estrutura terapêutica inovadora que combina inteligência artificial (IA) com abordagens clínicas para autismo. O método, liderado por mulheres, adapta automaticamente as sessões às necessidades de cada criança, tornando-as mais eficazes e acessíveis globalmente. Já ajuda cerca de 900 milhões de pessoas e está sendo analisado para ser replicado em outros países. Esse avanço representa um marco na terapia personalizada do TEA, com potencial de expansão internacional.
Projeto europeu desenvolve terapias personalizadas para o autismo
Pesquisadores da Universidade de Coimbra participam do projeto europeu EAGER (Registro Europeu de Genômica do Autismo), que busca criar terapias personalizadas para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O estudo coleta informações genéticas e clínicas de voluntários de vários países, incluindo Portugal, para entender melhor as bases genéticas do autismo e desenvolver tratamentos mais eficazes. A iniciativa é financiada pela Iniciativa sobre Medicamentos Inovadores da União Europeia e liderada pelo King's College London. A participação é voluntária e pode ser feita à distância.
Nova técnica de rastreamento ocular agiliza diagnóstico do autismo
Uma nova técnica aprovada pelo FDA (agência reguladora dos EUA) utiliza o rastreamento ocular para diagnosticar o autismo em crianças entre 16 e 30 meses de idade. O método analisa para onde a criança olha ao assistir a vídeos, identificando padrões típicos e atípicos de atenção visual. Além disso, pesquisadores brasileiros e alemães desenvolveram um algoritmo que, por meio de ressonância magnética funcional, compara cérebros típicos e atípicos, auxiliando no diagnóstico precoce do TEA.
Estudo chinês identifica desequilíbrio de proteínas ligado ao autismo
Pesquisadores das universidades de Wenzhou e Xiamen, na China, descobriram que o desequilíbrio entre duas proteínas cerebrais, MDGA2 e BDNF, pode estar relacionado a comportamentos semelhantes ao autismo. Em testes com camundongos, a correção desse desequilíbrio por meio de um peptídeo sintético reduziu comportamentos repetitivos e melhorou a interação social. A pesquisa abre caminho para o desenvolvimento de terapias que restabeleçam o equilíbrio proteico em pessoas com TEA.
Startup brasileira Tismoo aposta em medicina personalizada para o autismo
A Tismoo, primeira startup de biotecnologia do mundo focada em medicina personalizada para o autismo, realiza análises genéticas para identificar tratamentos mais adequados para cada indivíduo com TEA. Fundada pelo neurocientista brasileiro Alysson Muotri, a empresa utiliza técnicas avançadas, como a criação de "minicérebros" em laboratório, para estudar o desenvolvimento do cérebro e testar novas terapias. A Tismoo também lidera o projeto "1.000 Genomas Brasileiros", que visa criar a maior base de dados genômicos de autistas no Brasil.