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Entendendo o Transtorno do Espectro Autista (TEA)

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica e do desenvolvimento que afeta a forma como uma pessoa se comunica, interage socialmente e se comporta.

O TEA é considerado um “espectro” porque engloba uma ampla gama de habilidades, sintomas e níveis de funcionalidade, o que significa que cada pessoa com autismo pode apresentar características distintas e únicas.

No Brasil, a estimativa é que existam cerca de 2 milhões de pessoas com TEA, afetando aproximadamente 1 em cada 110 indivíduos, segundo o Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP).

O TEA afeta pessoas de todas as origens culturais, étnicas e socioeconômicas e é mais comum entre os meninos, embora também afete meninas.

A conscientização sobre o TEA no Brasil tem aumentado nos últimos anos, e a legislação, como a Lei nº 12.764/2012, conhecida como Lei Berenice Piana, estabelece diretrizes para a proteção dos direitos das pessoas com autismo no país.
Além disso, a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (PNPTEA) foi criada para assegurar atendimento integral e inclusão social às pessoas com TEA.

Apesar desses avanços, ainda há desafios a serem superados no Brasil, como a identificação precoce e o acesso a tratamentos e serviços especializados, especialmente em áreas mais remotas e com menos recursos. A luta pela inclusão e apoio às pessoas afetadas pelo TEA e suas famílias continua sendo um objetivo crucial para a sociedade brasileira.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma característica única e inata de uma pessoa, e não uma doença. Não se pode curá-lo com medicamentos, mas é possível ajudar usando métodos educacionais específicos, que chamamos de “reabilitação”.
O tratamento médico pode facilitar a vida da pessoa com TEA.

Se alguém com TEA enfrenta problemas como agitação, pânico, automutilação, agressão ou insônia, medicamentos podem ser usados para tratar esses sintomas.

Para pessoas com TEA, é difícil ser compreendido pelos outros, o que pode causar estresse e levar a situações como bullying e fracassos repetidos. Isso pode resultar em problemas físicos (como quedas e tiques) e emocionais (como ansiedade, depressão e isolamento). Para evitar isso, é importante que a família e as pessoas próximas entendam e aceitem as características da pessoa com TEA, reduzindo suas dificuldades e minimizando problemas secundários.

Antigamente, os transtornos com características de autismo eram divididos em autismo típico, síndrome de Asperger e transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação, com base na presença de atraso na linguagem e na facilidade de comunicação.
No autismo típico, a pessoa apresenta atraso no desenvolvimento da linguagem e dificuldades na comunicação, enquanto na síndrome de Asperger, a linguagem se desenvolve normalmente e a comunicação é mais fácil.

No entanto, todos esses transtornos compartilham características comuns, como dificuldades nos relacionamentos interpessoais e interesses restritos. Por isso, hoje em dia, esses transtornos são entendidos como parte do “Transtorno do Espectro Autista” (TEA), uma condição que abrange diversas características, como as cores de um arco-íris.

A abordagem básica do tratamento é a mesma para todas as pessoas com TEA, mas é importante adaptar o apoio às características individuais de cada pessoa, destacando a importância de um suporte personalizado e compreensivo.

Abaixo estão alguns links úteis para instituições e organizações relacionadas ao Transtorno do Espectro Autista no Brasil e no mundo:

Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP):
http://www.genoma.ib.usp.br/

Associação de Amigos do Autista (AMA):
https://www.ama.org.br/

Instituto Autismo & Vida:
http://www.autismoevida.org.br/

Movimento Orgulho Autista Brasil (MOAB):
https://www.moab.org.br/

Autismo e Realidade:
https://www.autismoerealidade.org.br/

Federação Nacional das APAEs (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais):
https://apaebrasil.org.br/

Autismo Brasil:
https://autismobrasil.org/

Autism Speaks (EUA):
https://www.autismspeaks.org/

National Autistic Society (Reino Unido):
https://www.autism.org.uk/

World Autism Organisation (Organização Mundial do Autismo):
https://www.worldautismorganisation.com/

Esses sites fornecem informações, recursos e suporte para pessoas com TEA, suas famílias e profissionais interessados em aprender mais sobre o assunto. Vale lembrar que as informações podem variar entre as instituições, portanto, é sempre bom consultar múltiplas fontes para obter uma compreensão mais ampla e atualizada sobre o TEA.

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